
Um código de barras é sempre visto de forma automática: uma conta que precisamos pagar. Mas você já parou para pensar o que há por trás das listras? Como será que aqueles números em cima de barras pretas e brancas podem fazer o seu dinheiro chegar ao responsável pela cobrança ou o caixa identificar o produto? Isso é o que vamos descobrir no artigo de hoje.
O que é o código de barras?
A ideia que originou o código de barras nasceu entre 1949 e 1952, inspirada no código Morse. Foi naquele ano que os americanos Norman Joseph Woodland e Bernard Silver pensaram em um sistema de leitura de informações por meio de barras verticais e números - posteriormente, essa criação foi aperfeiçoada pelo engenheiro americano George Laurer.
Mas essa tecnologia começou a ser utilizada amplamente a partir de 1974, quando um pacote de chicletes foi escaneado em um hortifruti de Ohio, nos Estados Unidos. Depois disso, a solução foi adotada mundialmente por se tratar de uma solução ágil e que suaviza filas nos supermercados e diversos outros tipos de estabelecimentos.
Em resumo, o código de barras traz um conjunto de informações a cada barrinha. Mas ele só vai funcionar se existir um terminal, como um computador, que foi configurado para fazer a leitura das informações e dos números nele contidos por meio de um sensor.
Um exemplo de sensor muito comum é aquela luz vermelha, o laser, que vemos nos caixas de supermercados e até mesmo nos leitores de consultas de preços disponibilizados em diversas lojas. Ou seja, quando a luz é apontada para os códigos, os sensores fazem a tradução por meio de codificações que identificam cada produto e que foram previamente registradas no sistema.
Qual a importância dessas identificações?
Um código de barras está longe ser apenas um identificador de um produto ou de um boleto. Por meio dessa tecnologia, empresas de todo o mundo conseguem fazer a gestão de suas produções em diversas etapas, como a estocagem e o transporte. Além disso, é por meio dessas sequências numéricas - e listradas - que elas podem rastrear seus produtos.
É possível entender as sequências?
Essa não é uma lógica fácil de se descobrir. Mas existem alguns padrões no código de barras que são seguidos por muitas empresas, hospitais e demais setores que catalogam e registram itens por meio dessa tecnologia.
A primeira sequência, localizada à esquerda, geralmente espelha os códigos finais, o que faz com que o sistema identifique o produto mesmo que as barras e os números estejam de cabeça para baixo. É como se essa primeira sequência desse um sinal de que a leitura pode continuar.
Logo em seguida, o código de barras traz a informação de quem produziu aquele item, o fabricante, por exemplo. Já as barras e números posicionados no meio se referem ao item, ou seja, quando o sensor faz a leitura, aquela sequência é capaz de demonstrar o que é aquele objeto. Em contas de cobranças essas informações vão demonstrar o valor total daquele boleto.
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O QR code vai substituir o código de barras?
O QR code - sigla para Quick Response Code ou código de resposta rápida, no português - está ganhando espaços. Isso porque esse novo sistema permite que as empresas adicionem mais informações em suas embalagens, o que traz múltiplas possibilidades, como a indicação de como reciclar os recipientes, receitas que podem ser feitas com aqueles alimentos e muito mais.
Contudo, ainda não se pode dizer que a ampliação do uso do QR code representará o fim do código de barras. Com um mundo em constante avanço, novidades e sistemas aperfeiçoados certamente farão parte do dia a dia das empresas e dos consumidores.