O início do ano é desafiador para os brasileiros. Passada a temporada de festas e férias, o
material escolar se soma a uma série de impostos e preocupações econômicas que devem
estar presentes no planejamento de 2025.
Neste ano, a tendência é que pais e mães de alunos vejam preços ainda maiores nas lojas.
De acordo com levantamento feito pela Rico, empresa do grupo XP, a inflação sobre os
preços de uma série de itens que compõem a cesta de produtos relativa aos materiais
escolares chega a 34,85%.
Os dados da pesquisa consideram os últimos cinco anos e consideram, ainda, o aumento
progressivo nas mensalidades escolares. Entre 2020 e 2025, portanto, os gastos no
segmento da educação ou somente da compra de material escolar subiu quase um terço.
Os vilões da inflação
Na lista dos itens que mais puxaram a inflação estão aqueles essenciais: os cadernos,
canetas, lápis e borrachas. Dessa forma, fica mais difícil desviar das altas, já que esses
materiais fazem parte da rotina de todo aluno. Ainda assim, no próximo tópico você verá
como economizar nesses itens.
Os itens de papelaria dificultam a vida financeira de todos. Afinal, alunos de escolas
públicas de todo o País também precisam de alguns itens essenciais complementares,
mesmo para aqueles que recebem algum tipo de apoio das prefeituras municipais, que, em
diversas regiões, doam um kit para cada aluno.
Outro valor que pesa sobre o bolso das famílias é o transporte escolar. Ainda de acordo
com a pesquisa da Rico, o valor das vans que levam e buscam os alunos subiu cerca de
24,26% nos últimos cinco anos. Nesse caso, a alta nos preços dos combustíveis é um dos
fatores que explica a pressão sobre os preços.
Mensalidades escolares
A constante elevação de preços das mensalidades escolares afetam os pais que podem
investir na educação privada. Entre 2020 e 2025, o levantamento da Rico demonstra que a
alta nos preços para os alunos matriculados no ensino médio e fundamental superou os
40%, sendo os aumentos de 43,16% para o ensino médio e 43,98% para o fundamental.
Já a pré-escola e a creche registraram, segundo a Rico, aumentos de 36,70% e 36,42%
respectivamente. Essa diferença de preços exige, cada vez mais, um planejamento
financeiro robusto e alinhado à realidade.
Dicas para economizar no material escolar
- Reaproveite materiais do ano anterior: sabe aqueles itens que sobraram do ano
passado? Confira se é possível reaproveitá-los no ano letivo de 2025. - Pesquise os preços na internet: muitos itens da cesta de material escolar podem
estar mais baratos em sites. Por isso, faça uma pesquisa em lojas físicas para
entender a opção que mais compensa. - Compre livros usados: no caso de escolas particulares, é muito comum que a lista
fique mais salgada devido aos livros. Por isso, busque mães e pais que estão
vendendo os livros das séries anteriores ou sebos. - Aposte em compras coletivas: se você tem uma rede de amigos ou conhecidos que
estão na mesma busca pelos materiais escolares, procure fazer compras mais
volumosas e dividam a conta. No atacado, os itens podem ter descontos vantajosos.
Essas dicas podem mudar significativamente as contas finais. Outra indicação fundamental
é focar naquilo que é necessário: explique ao seu filho ou filha sobre as questões
financeiras atuais. Em meio a tantas opções chamativas - e mais caras -, é preciso lembrar
que o material escolar cumpre a sua função mesmo não sendo o objetivo decorativo de
desejo, com capas de heróis ou princesas.
Para verificar a qualidade de produtos que não conhece a marca, faça uma busca em sites como o Reclame Aqui.
Além disso, é importante ter a consciência de que, ao reaproveitar itens dos anos
anteriores, você e seu filho estarão colaborando com práticas mais sustentáveis para o seu
bolso e o meio ambiente.
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Imagem de Gábor Adonyi por Pixabay