reduflação

Reduflação é um termo considerado difícil ou pouco conhecido. Mas certamente você já presenciou essa prática. Imagine a seguinte situação: você está andando entre as seções no supermercado e escolhe um biscoito que antes era vendido em um pacote menor. A embalagem diminuiu, há um aviso de que o produto agora tem menos peso. Mas o preço não mudou.

Bom, se você consegue lembrar de situações em que você viveu o que está descrito no parágrafo anterior, é porque você já viu de perto como funciona, na prática, a chamada reduflação. Essa tática é utilizada por fabricantes em todo o mundo. Ou seja, você não é o único que se sente mal ao perceber que as embalagens diminuem, mas os preços não.

O que é a reduflação?

Como visto anteriormente, esse termo diz respeito aos produtos que têm o seu peso alterado - reduzido - e, mesmo assim, seguem com os preços praticados anteriormente. A principal pergunta, portanto, é por que essa prática ocorre? A resposta está, principalmente, em fatores como o custo e a disponibilidade das matérias-primas e, ainda, no custo da mão-de-obra.

E se você sente que após a pandemia da Covid-19 tudo ficou mais caro, não está errado. A economia mundial sofreu com severos desabastecimentos de uma série de produtos que são utilizados na produção de alimentos e bens duráveis ou não duráveis que chegam até as populações. Contudo, é na prateleira dos supermercados onde os clientes mais sofrem ao perceber a reduflação.

Especialistas explicam que as fábricas utilizam essa estratégia para que os clientes não notem um aumento de preço naquele determinado produto. Ao reduzir o tamanho e manter o preço, o cliente segue comprando. Mas é possível que o repasse de preços ao consumidor faça com que as vendas dos produtos caia.

Dessa forma, optar por reduzir o conteúdo das embalagens tornou-se uma prática muito comum entre empresas de diversos setores da economia. Alguns consumidores, mesmo com a indicação das reduções de pesagem, podem até mesmo não perceber o fenômeno ao fazer suas compras, já que estão mais preocupadas com os preços finais dos alimentos e demais produtos de casa, como aqueles de higiene e limpeza.

Outro ponto importante a observar no fenômeno da reduflação é que dificilmente as empresas retornam com embalagens maiores quando os preços das matérias-primas caem. Esse é, portanto, quase que um caminho sem volta. Como estratégia para vender embalagens com mais peso, algumas empresas preferem lançar produtos maiores com novos preços, o que dá uma sensação de que aquele produto é "inédito".

Dessa forma, os consumidores devem ficar atentos ao fazer compras e comparar os preços entre embalagens maiores e menores para entender qual item compensa mais naquele momento. Além disso, é importante observar sempre que possível os alertas nas embalagens para entender as mudanças realizadas nos produtos e avaliar se, de fato, compensa comprá-lo.

Queda no poder de compra

O aumento generalizado dos produtos no supermercado é conhecido como inflação. Ao lado da reduflação, os clientes estão notando, cada vez mais, que o dinheiro que antes enchia um carrinho já não preenche o cesto do supermercado ou uma sacola plástica de compras. Isso diz respeito àquilo que chamamos de poder de compra.

Nem sempre, na economia, os reajustes salariais ou os ganhos da população acompanham o aumento dos preços. Nesses casos, o poder de compra cai. O resultado é que os consumidores já não conseguem mais comprar os mesmos produtos com os valores que ganham. Ou seja, com a mesma quantidade de dinheiro você já não consegue consumir do mesmo modo que consumia bens e serviços em um passado recente.

Embora a alta nos preços e a reduflação não sejam fenômenos que ocorrem sempre juntos, é comum que em cenários de inflação os fabricantes se esforcem mais para que seus produtos não se tornem supérfluos a ponto de ficarem parados nas gôndolas. E, por isso, é comum que se encontre produtos menores e com preços iguais quando o poder de compra é afetado negativamente.

Imagem de Alexa por Pixabay